História

Teatro Mário Lago, uma história de persistência no panorama cultural da zona oeste

O Teatro Mário Lago foi criado a partir de um galpão da Companhia Estadual de Habitação (CEHAB-RJ), em março de 1979, através da mobilização de um grupo de artistas e da comunidade local. As primeiras obras fizeram parte da execução do I Plan Rio, sob a coordenação do Secretário de Obras Hugo de Matos.




Em 19 de julho de 1990, o espaço passou aos cuidados da Secretaria de Cultura do Estado. O então governador Moreira Franco transferiu, através da assinatura de convênio, a administração do teatro para a FUNARJ, presidida pelo produtor Rodrigo Farias Lima.

Anteriormente, sua responsabilidade estava com a Associação dos Artistas da Zona Oeste (Associartis). A entidade – que nos anos 70 recebeu o antigo galpão da CEHAB-RJ – reivindicou a mudança da administração por não dispor de recursos financeiros e humanos para as reformas e funcionamento da unidade.

A última obra foi concluída em dezembro de 2006, quando foram reformados o telhado e a fachada do prédio. Também foram instalados sistemas de ar-condicionado e iluminação, além de novos assentos. 
Foi também em 2006, em 26 de dezembro, que o Governo do Estado substituiu o antigo nome do teatro – Faria Lima, ex-governador do Rio de Janeiro – pelo nome do ator, poeta e compositor carioca Mário Lago (1911- 2002) que, nos anos 40, se tornou um dos mais renomados galãs do teatro de comédia brasileiro. Mário Lago também teve a carreira marcada pela atuação política em favor de sua classe.

Durante a década de 80, o espaço conviveu com programações intensas e lotação esgotada – o teatro de revista foi o gênero mais encenado. Artistas consagrados como Sérgio Britto, Blecaute e Zezé Motta já se apresentaram no palco do Mário Lago. O diretor Luiz Antônio Pilar e o vocalista da Banda Brasil, Nelson Kaê, iniciaram nele suas trajetórias profissionais.

Grupos locais encenaram textos de grandes autores como Martins Penna, Bertold Brecht, Maria Clara Machado, Chico Buarque e Ruy Guerra. Em sua inauguração como espaço cênico em 1979, foi montado o espetáculo A Prima Dona, de José Maria Monteiro.

Em fevereiro de 2013, em decorrência da tragédia da boate Kiss em Santa Maria, Rio Grande do Sul, o teatro Mário Lago foi definitivamente fechado por não se enquadrar nas relações de segurança contra incêndio e pânico segundo o Corpo de Bombeiros.

Fonte: cultura.rj

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